sábado, 23 de abril de 2011

Escrever é preciso


Muitas vezes eu preciso escrever... Só para colocar para fora a angústia. Sem uma história, roteiro ou intenção... nida... Esse é
Na verdade, nem ia escrever um post, mas não achei meu caderno que sempre fica ao lado da minha cama - sim, o arcaico amontoado de folhas ainda é meu melhor amigo - e corri para o blog. Não é a mesma coisa... Não estou deitada na minha cama e não consigo esvaziar a mente, mas, de certa forma, ainda assim é melhor do que guardar o que explode agora em mim...

Palavras... Palavras vãs são muitas vezes ditas sem pensar... Lembro muito de um ditado que diz "a palavra tem poder" e acredito muito nisso... A palavra tem o poder de ajudar, de curar, da fé e, principalmente, de machucar. Palavras ditas sem pensar podem magoar profundamente outras pessoas e até a nós mesmos.... Ah, se pudesse voltar atrás em todas as vezes que disse algo que não deveria... Ah, se eu pudesse ter tapado meus ouvidos a todas as coisas impensadas que me disseram...

O pior é saber que depois vem o arrependimento... Não. Não é. O pior é saber que existem pessoas que não se arrependem.... Acham que estão certas e foda-se o resto de mundo. Eu sei... tá confuso e pouco coerente, mas tenho nesse momento duas pessoas em minha mente e os últimos diálogos que tive com ambas não param de se repetir a todo momento em  minha cabeça... Uma disse palavras duras em circunstância de raiva e dor e, por mais que tenha me magoado, eu sei que é da boca p/ fora e depois haverá pedidos sinceros de desculpas e tudo ficará bem novamente...
                                                             
A outra não... É alguém que se acha dono da verdade e não percebe que se enveredou por caminhos que são, na maior parte das vezes, sem volta... E fala o que quer, a hora em que quer, mas não admite ouvir nada como resposta, porque está certo. Sempre. 

São dois casos que agora me causam a mesma dor e que, no entanto, terão desfechos totalmente distintos... Com uma pessoa, tudo vai ficar bem. Com o outra....

Se eu tivesse o dom de curar o mundo - e, acredite, era tudo que mais queria, por mais utópico que possa parecer - eu ia começar pelas dores do coração que nos tiram a razão, a paz, a definição do que é certo e errado... Eu mesma perco esse parâmetro várias vezes na minha vida... E não me orgulho nem um pouco disso... Ao contrário: me martirizo a todo instante por não conseguir me controlar...

Bom, vou parar por aqui antes que eu fale demais para um espaço público (é, você com certeza deve estar achando que já me expus mais do que deveria, mas isso não é nem o topo do iceberg.... Whatever...).


Ah, sim. E desculpe-me o mal jeito com as palavras desta vez: escrevi sem pensar e postei sem revisar.... Foi só p/ poder... respirar melhor... Se você leu até aqui, obrigada por dispensar sua atenção a esse pequeno (?) momento de devaneio. 



"Sempre vai haver uma canção cantando tudo de mim..." 
                                                                                     Paula Toller



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