Quando minha mãe engravidou aos 17 anos, você não queria aquela neta: iria atrapalhar o futuro da sua filha. Mas depois que nasci, apaixonou-se . E eu te amei desde o primeiro segundo. Sempre.
Nunca foi das mais convencionais. Vê-la em uma roda de samba com sua canequinha de cerveja sempre foi muito mais fácil do que encontrá-la em casa assistindo novela. Mas tinha lá suas coisas de avó: ensinou-me a costurar e a bordar, suas receitas secretas - Ah... aquele camarão na moranga! Só de lembrar dá água na boca! E quando encontrava alguma amiga? "Essa aqui é minha neta!" Apresentava-me com orgulho.
Mas o tempo passa e o dia chega para todos. A idade começou a pesar e aquela senhora tão animada já não bebia mais sua cerveja e já não conseguia dançar a noite inteira. E daí? Bebe-se refrigerante e dança-se menos! O importante era sempre estar em seus bailes, rodeada com amigos!
17/07/2011
Adorei o texto, Camila! Lendo, lembrei-me do meu avó que também era assim, cheio de vida e nos deixou há dois anos. Pelo menos ficou muitas e lindas lembranças...
ResponderExcluirBoa convivência, boas lembranças!
ResponderExcluirObrigado por compartilhar tamanha sensibilidade.
Abraços,
PV
Lindo, meu amor.
ResponderExcluirSua vovó era mesmo cheia de alegria!
Parabéns, pois hoje quase não se ve esta linda uniao.
ResponderExcluirbjs , silvania