Contos & Crônicas: Puta

Puta. As putas. Cruzando o eixo da capital de norte a sul, encontram-se para todos os gostos e bolsos. Vamos primeiro para a Asa Norte, onde são muitas, variadas. Mas não se esqueça que o preço do barzinho será incluso na conta.

Que tal então passearmos pelo Setor Comercial Sul? Lá o expediente começa cedo. Às 18h, quando a maioria dos trabalhadores encerra seu dia laborioso, elas começam a chegar e misturam-se com a população com suas roupas extravagantes. Mas esperem o sol se pôr! Porque bom mesmo lá é de madrugada: mesmo que não se pague uma puta a diversão é garantida vendo os travestis semi-nus e as mulheres objetos, todos expostos nas vitrines do sexo urbano.

Conic também é uma boa opção. Lá o negócio é organizado. Putas para um lado, travestis para o outro. E se você tiver um pouquinho mais de dinheiro ainda têm os night clubs locais como opção onde as putas são baratas, mas a cocaína é cara...

E por falar em dinheiro quem estiver bom de grana mesmo vai sempre à Asa Sul. Endereço de uma famosa boate frequentada por políticos e figurões da cidade. O produto do estabelecimento é de primeira: só as mais bonitas e gostosas entre 18 e 23 anos. O programa mais barato custa R$ 250. E se for só para tomar uma cerveja e "dar um sorriso lá dentro", meu amigo, esteja disposto a pagar no mínimo R$ 10 numa garrafa.

Ah, as putas de Brasília... São tantas! E ainda nem saímos do centro da cidade! Mas espere! Não podemos esquecer as free-lancers! A maioria começou universitária e hoje atendem em seus próprios apartamentos nas W3 Sul e Norte. Venceram na vida! Essas são para quem gosta de variedade - nordestinas, cariocas, paulistas, gaúchas - e de pechinchas. Sem cafetões, o preço é mais flexível. Embora a maioria gire em torno de um valor único repetido por suas vozes melancólicas ao telefone "dois, zero, zero".